Vários assuntos no regresso

Ontem os acontecimentos nocturnos acabaram por atropelar os planos que eu tinha para o post no blog. Entretanto os assuntos acumulam-se, por isso em lugar de vários posts, um único com assuntos vários.

Férias

As férias foram óptimas, sempre com bom tempo e praia todos os dias... e sem ter que sair do país. O regresso ao trabalho foi bem custoso, por vários motivos. Registo o regresso da minha amiga M. da licença de parto, e a companhia que me fez no messenger interno durante o dia. Que bom que é ter uma amiga tão querida novamente tão perto, ainda que distante fisicamente. A tecnologia tem coisas fantásticas!


Livros: Rio das Flores - Miguel de Sousa Tavares

Como a insónia nocturna foi forte e o meu estado de espirito estava lá nas profundezas, resolvi ocupar a noite lendo. O resultado foi que acabei de ler o livro, que se encontrava ainda a meio (e quem sabe do que estou a falar poderá avaliar a imensidão da noite).
Andei um pouco à deriva por este livro, sem perceber bem qual seria a trama principal. À parte a riqueza da narração de factos históricos, inquestionável, confesso que quando a percebi, não me encantou particularmente. O protagonista Diogo acaba por se revelar um sacana que advogando que se sentia perdido, à deriva, desconfortável com o cenário que a vida lhe tinha proporcionado (o de o filho mais velho de uma familia tradicional de latifundiários alentejanos), acaba por ir passando as responsabilidades que deviam ser suas para familiares (ao irmão a responsabilidade pela gestão da fazenda e
à esposa a educação dos filhos), enquanto vai flutuando sobre a realidade e acaba por encontrar o conforto numa fazenda no Brasil, à qual acrescenta uma mulata que entretanto havia encontrado num casino... Abandona a familia e todas as responsabilidades. Para cúmulo (e quem leu o post anterior percebe porque isto me incomodou tanto) o filho mais velho decide que é com o pai que quer estar. E deixa uma mãe incansavelmente dedicada e com todas as virtudes possíveis, quer como mãe, quer como esposa...
Está bem escrito, mas não posso dizer que tenha adorado a história... 3 pontos.


Próximo livro:


No meu pipe-line, como lhe chama o D, tenho um livro chamado "Uma vida em pedaços" e a "Casa Quieta". O primeiro não me parece propriamente adequado para o momento actual, o segundo já o tentei ler em tempos, mas não me cativou particularmente... Talvez me decida por este, mas não consigo deixar de achar que devia ter feito mais umas comprinhas na ultima ida à FNAC... Anda uma pessoa a tentar eliminar o pipe-line, e é isto que dá...

Fat-killer:

A resolução pré-ferias de perder peso ganhou proporções de quase paranoia (assim tipo Bridget Jones, mas espero que mais eficaz) no regresso, por 3 motivos essenciais:

  • As fotos que tirei na praia mostram de forma inequivoca que se impõe uma dieta;
  • A balança que comprei confirmou o cenário catastrófico (65,9 kgs - ontem);
  • No tal almoço a 4 gerações do dia da mãe a minha avó disse repetidamente que eu estava "boa". Disse isto "enchendo a boca", de forma muito convicta. Quem conhece as avós em geral e a minha em particular consegue entender o quão decisivo foi este momento, e o impulso que deu à minha determinação :-)))

A dieta começou logo a seguir à mousse de chocolate deliciosa com a qual terminou o almoço de ontem (que saudades...), e está a correr bem, hoje resisti ao lanche, às batatas fritas (e só eu sei como é dificil alimentar-me em condições na terriola onde trabalho), e a todos os exageros de um modo geral. Hoje, mais ou menos à mesma hora, pesava: 64,1 kgs (e obcessivamente vou manter este registo nos próximos posts). Eu avisei que era obcessão à Bridget Jones... Ah, já me esquecia de traçar um objectivo (dada a minha ocupação profissional não sei como me escapou): quero reduzir no minimo para os 62 kgs, se possível até aos 60 kgs.

Com a R.:

O pai da R. foi-a buscar à escola e levou-a à natação, coisa que por norma só faz quando vai ficar à noite com ela. Fiquei logo nervosa a pensar que a minha filha poderia voltar a não querer ficar comigo, mas correu tudo bem. Aliás, não posso dizer que em algum momento a miuda tenha sido birrenta, caprichosa, ou que não se tenha portado bem. Simplesmente ontem foi determinada, pediu-me para ficar com o pai, e eu aceitei. Não tenho motivos para ficar insegura... Tenho um motivo (o de sempre, reforçado) para fazer o melhor que consigo e sei enquanto mãe. Sem esquecer que isso implica mimar, mas sobretudo educar... É muito fácil conquistar uma criança, bem mais dificil (mas também muito mais importante) é educá-la.
Também não consegui deixar de pensar que com todas estar duvidas e inseguranças sou eu (e não a R.) que pareço ter 4 anos...

À pouco, já na caminha, a minha filha lembrou-me uma importante lição... É fantástico o que se pode aprender, lembrar ou interiorizar com uma criança de 4 anos, quando a ouvimos atentamente. Dizia eu que os pais tinham que fazer duas coisas muito importantes: "dar mimo e educar", e ela logo "e brincar, mãe".

Pois é, querida R., vou tentar não me esquecer em nenhum momento que brincar contigo não é estar perto de ti enquanto tu brincas, é sentar-me contigo e participar o mais possível... E existirá melhor forma de desanuviar de um cansativo dia de trabalho???

Contador:

O contador do meu blog registou ontem 50 visitas. Cá para mim está avariado... :)))
E por aqui me fico porque senão as 2 ou 3 pessoas que não passam por aqui apenas por acaso perderão completamente a paciência e deixarão este post de tão importantes conteudos para lerem... nas férias... ou então numa noite de insónias como a minha :)))
Até sempre,
C&C

Comentários

Mary disse…
Meu Deus, tantos tópicos que me apetece comentar... vamos por ordem:

1. Férias: que inveja!!! Ainda bem que tudo correu pelo melhor :-)

2. Tenho o Rio das Flores em lista de espera e já acabei A Casa Quieta. Não gostei muito. Achei que o estilo do RGC imita descaradamente o do Lobo Antunes, para além do livro ser absolutamente deprimente. Ao fim de um tempo, habituamo-nos ao tipo de escrita e percebemos que ele até é bom a reproduzir pensamentos e sentimentos, mas no final... fiquei com uma estranha sensação de literatura light muito bem disfarçada...

3.Peso e afins: como sabes, este é um tema que toca e muito. Tenho tentado manter-me "na linha", mas confesso que os resultados não têm sido fantásticos. A balança pouco ou nada mexe, ao invés da minha frustração; mas também, sem ginástica... que mais seria de esperar?

4. A R.: nem posso imaginar o que sentiste no outro dia, quando a deixaste com o teu ex... Fez-me TANTA impressão...! Mas tendo em conta que não podes fazer nada em relação a esta nova realidade, olha... aproveita cada minuto com ela! E lembra-te que mãe há só uma :-)

E agora vou-me embora, antes que gaste o teclado.

Bjs.

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