Regresso à realidade
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E chegada lá confirmo que a nova companheira do pai, e primeira que ele leva ao convivio da filha, da qual tomei conhecimento mesmo antes de ir de férias, também lá está. Chegada ao espaço que antes eu ocupava, eles são a familia, e eu é que me sinto uma estranha.
Quero fazer isto bem, no interesse da minha filha, mas às vezes sinto que não sou suficientemente forte, racional ou fria para isso...
Gostava que me anestesiassem, para que na véspera do regresso ao trabalho, eu conseguisse dormir tranquilamente, sem pensar que estou sozinha, e que é uma completa estranha (pelo menos para mim), que hoje vai aconchegar os lençois à minha filha e dar-lhe o beijo de boa noite... Para não pensar que desde que esta pessoa entrou na nossa vida eu perdi um pouquinho da minha filha, e nem o delicioso convivio em férias conseguiu alterar esta realidade.
Como se consegue dividir, com tranquilidade e racionalidade, uma parte de nós?
Peço desculpa a quem por aqui passar, este é um desabafo muito pessoal, mas tinha que o fazer. Não aguentava com isto dentro de mim...
Até sempre,
C&C
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