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Mostrando postagens de agosto, 2012

Intenções para a licença de maternidade #7

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#7 Cuidar do meu marido - no outro dia falava com uma amiga a propósito do nascimento da sua filha, e fiquei a pensar nessa conversa, porque o sentido do que ela dizia era que durante a essa fase a mulher (por estar a atravessar um periodo fisica e emocionalmente mais exigente) tinha apenas o direito a ter atenção do marido e deixasse de ter também a obrigação de a dar. O meu 1º casamento terminou 2 anos depois de a R nascer, pelo que a minha experiência neste aspeto não é má, é péssima. Mas só não aprende com os erros que se cometeu quem tem falta de inteligência, e não acho que seja esse o meu caso. Sei que nessa altura falharam comigo, sei que o cansaço se acumulou e a pouca atenção que já antes me davam passou a ser destinada apenas à bebé e eu passei a nem sequer ter direito às "migalhas" que tinha antes. Mas também sei que eu não tinha apenas direitos, mas também obrigações, e que também cometi os meus erros. Não quero fazer asneiras agora. Foi por ele aparecer na

Intenções para a licença de maternidade #5 e #6

#5 Investir um pouco mais no blog (*) - durante este tempo em que ando pela blogosfera, já houve fases de mais entusiasmo e outras de menos… sendo que já por algumas vezes, inclusivamente há pouco tempo, ponderei encerrá-lo de vez. Mas o certo é que eu gosto deste meu cantinho, gosto da interação com outras pessoas que um blog proporciona, gosto de poder escrever sobre o que me apetece, independentemente de estar preocupada com quem lê ou deixa de ler. Quero também aproveitar para retribuir as visitas que me fazem e os comentários que me deixam, coisa que muitas vezes não tenho oportunidade de fazer. #6 Ler - ando completamente a leste das leituras, ultimamente o que leio é na internet ou então artigos ou revistas de bebé. Tenho livros para ler e vontade de os ler, não tem é havido oportunidade. Até sempre, Cookie (*) Eu bem digo, querida amiga S., que ninguém me "lê" através do blog tão bem como tu. Isto já estava escrito há dias e com esta sequência. Adivinhaste 

Agora é só esperar

37 semanas... Diz o calendário do Clix, que fomos sempre acompanhando, que o bebé mede 45 cms e pesa agora 2.700 grs. O nosso, como pela última ecografia parece ser elegante, deverá pesar um pouco menos. Em termos de desenvolvimento, todos os orgãos e funções vitais estão já em funcionamento ou plenamente desenvolvidas. As compras também estão praticamente todas feitas, os pertences do bebé um pouco espalhados por toda a casa (coisa que vai ter que se resolver brevemente, vai ter que haver mais organização). Roupinhas todas lavadas, praticamente todas arrumadas. Espaço arranjado na cozinha para biberons, esterelizadores e afins. No trabalho está assumido o último dia, acolhido com tranquilidade (afinal vou estar aqui até às 38 semanas, mais uma ainda que da primeira vez). Agora só estamos à espera que chegue o dia… Não há previsões… a médica aconselhou, por saber que eu gostava de ter um parto natural, que enquanto estiver tudo bem comigo e com o bebé, se tente deixar que a nat

Intenções para licença de maternidade #3 e #4

            Organizar a casa - há uma série de coisas que ainda não foram mexidas desde que nos mudamos, há muita tralha que já não faz sentido nenhum guardar, e quero aproveitar para por tudo em ordem lá por casa. Quero também organizar as fotos, e se possível organizá-las em albuns digitais. E queria selecionar algumas para adornar as paredes lá de casa, que ainda estão tão despidas.  Também queria organizar os espaços de arrumação, mas isso já implica fazer investimentos, pelo que depende de como forem andando as contas.        Experimentar receitas novas - já tenho uma ideia em mente (com a qual vou tentar surpreender a minha cara metade - que a partir de agora já vai ficar toda curiosa :-))) ), mas quero pesquisar receitas novas, também de doces, que acabam por ser o meu calcanhar de aquiles culinário.         Até sempre,         Cookie

E ainda dizem que as mulheres é que são complicadas...

Ontem, depois de passarmos pelo ato de tortura a que cada vez mais se assemelha encher o depósito de combustível (pelo menos para a carteira) ele resolve ir ajustar a pressão de ar dos pneus. Comenta que reparou que o pneu da frente, lado direito, estava um bocado em baixo. Depois de tratar do assunto, arranca novamente com o carro e com ar satisfeito diz "está completamente diferente". Hoje durante a viagem, depois de o deixar no trabalho, recordo este episódio e imediatamente me ocorre o seguinte pensamento: "não noto diferença nenhuma"… E depois ainda dizem que as mulheres são complicadas. Para mim se o carro anda, se não tem nenhuma luz estranha acesa, e se (com os conhecimentos de mecânica avançada que me deram os anos que passei sem homem em casa para detetar essas coisas) os pneus ainda têm riscos (ou frisos, ou sulcos, ou lá como é que se chama aquilo… se não estão carecas, vá), então está tudo bem! Até sempre, Cookie

Intenções para a licença de maternidade #2

  2 - Conviver - quero fazer muitas visitas ao meu marido, à minha irmã, quero aproveitar o tempo que estiver de licença em simultâneo com uma amiga para nos juntarmos de vez em quando. Não quero de todo fechar-me em casa e aos outros. Uma mãe em licença sente-se por vezes fechada ao mundo e presa num mundo de fraldas, chichis, cocós e amamentação. Gostava de evitar que isso acontecesse comigo. Até sempre, Cookie

Intenções para a licença de maternidade #1

Estando na reta final para um periodo de quase 5 meses em casa, dou por mim a pensar: "o que gostava de fazer de forma diferente da primeira vez?" Gozei a minha primeira licença durante o Verão, a R. nasceu no dia 19 de Junho, e a licença prolongou-se por Julho, Agosto, Setembro e Outubro. Tenho ideia de ter gozado também um periodo de férias no final e de só ter ido trabalhar no inicio de Novembro. Contudo tenho noção de não ter aproveitado muito bem o tempo. Primeiro porque a minha filha era uma bebé bastante exigente e que me prendia muito, segundo porque o pai dela estava no seu pico de trabalho e eu acabava por me prender um bocado por (e com) ele, e terceiro penso eu porque eu própria fazia de tudo um bicho de sete cabeças… Agora quero aproveitar o tempo de outra forma, apesar de ter noção que apanhando o periodo de Inverno as saídas e passeios vão estar um bocado condicionados pelas condições metereológicas. Não vou andar a sair com o bebé quando estiver um frio

Pela Lusocord

Peço-vos que leiam o post abaixo e subscrevam a petição reinvindicando financiamento para a Lusocord, em  http://www.peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=lusocord  . São 8.000 amostras já recolhidas que estão em risco, e todas aquelas que se podem perder se esta instituição fechar portas. As células estaminais podem salvar vidas, e as que já se encontram armazenadas no banco público podem salvar qualquer um de nós. Pela continuidade da Lusocord, subscrevam e divulguem a petição. E se tiverem conhecimento de outras formas através das quais podemos ajudar ou manifestar-nos contra esta situação, peço que me informem para que possa divulgar também. Obrigada. Até sempre, Cookie

Mais uma das coisas inaceitáveis neste país...

Uma das decisões mais complexas que tomamos em relação ao bebé foi relativamente à criopreservação das células estaminais.  Em breve falarei mais em pormenor sobre o assunto, mas por enquanto posso dizer-vos que foi mais uma vez com uma profunda desilusão em relação ao estado das coisas no nosso país que tive conhecimento desta notícia:  "Estão a cortar o cordão umbilical à Lusocord"  .  Para quem não sabe, em Portugal existe um banco público para recolha das células do cordão umbilical (a Lusocord), ao qual todos podem recorrer, sem custos, doando as células estaminais dos seus filhos, ou mais tarde havendo problemas de saúde que possam ser tratadas pelas mesmas, bastando para tal procurar uma dádiva compatível para transplante. É das coisas boas que temos, porque todos podemos ter acesso independentemente das condições financeiras. Os bancos privados armazenam as células estaminais apenas para o próprio doador ou respetiva familia, mas sempre com um custo considerável.

Constatação super básica sobre a vida

A vida seria tão mais simples se as pessoas não fossem tão complicadas... Até sempre, Cookie

De certeza???

No fim-de-semana cortei-me num dedo enquanto estava a cozinhar. Não foi assim um corte dramático, quase a ficar sem a ponta do dedo, mas era suficientemente profundo para me fazer duvidar se não teria que levar um ou dois pontitos. Estando nesta indecisão achei melhor chamar o meu marido, para me ajudar. Quando ele chega estava eu com o dedo sob a água a correr, enquanto o sangue fluia.  O homem ficou tão atrapalhado que parecia que tinha sido ele a cortar-se… "Pfffff, ai o que te foi acontecer" "Ai que caramba" "E agora?" "como é que fizeste uma coisa dessas?", foram algumas das expressões ouvidas. Entretanto eu lá o fui orientando, pedindo para me dar papel, para tentar estancar o sangue. Ele a dar-me quase rolos inteiros de papel de cozinha (pensava que eu estava a esvair-me :-) ). Quando eu mostrava o corte, e o sangue que continuava a correr, lá vinha a mesma expressão de dor e agonia, quase próxima do desmaio… Entretanto como já passava d

Meu querido mês de Agosto...

... eu costumo gostar tanto de ti… sobretudo da segunda quinzena, em que entro de férias, saio da terrinha e aproveito o sol e o calor de que tanto gosto. Na terrinha Agosto é o pior mês para se habitar, é o mês da sobrelotação, com a chegada de centenas de emigrantes, com filas de trânsito, filas no supermercado… confusão em todo o lado, e um calor habitualmente abrasador e que faz com que só se esteja bem na água. Felizmente este ano o calor tem sido suportável, pelo que eu não tenho sentido muito os habituais transtornos que costuma provocar numa grávida. Pelo trabalho os colegas vão e voltam de férias, enquanto eu lhes "invejo" os bronzeados,  e os clientes também estão na sua maioria de férias (o que aliás é a razão que me leva a costumar tirar férias nesta altura). E eu... lá me vou arrastando no meio do meu cansaço e sonolência crescente, inerente à epoca e às minhas quase 36 semanas de gravidez… com noites cada vez mais mal dormidas, e procurando lidar da melhor

Tão bom ver-te crescer...

Querida filha, à anos que me pedias um irmão. Quando este nosso sonho se tornou possível de realizar, pedi desde o inicio a tua ajuda. Tinhas os miminhos todos de filha única, acrescidos de termos estado muito tempo apenas as duas e de, por tu não seres muito despachada e eu ter necessidade de tratar das coisas rapidamente, eu muitas vezes (erradamente) fazer as coisas por ti, não te ajudando a ganhar autonomia. Pedi-te para durante este tempo de adaptação da gravidez melhorares em termos de autonomia. Disse-te que precisava da tua ajuda para quando o mano nascesse. Um esforço para comeres melhor, e começares a fazer mais coisas sózinha. Não foi sempre fácil, é verdade, mas sinto-te cada vez melhor. Tão bom ver-te a comer com gosto (e nisto tenho a noção de que tenho muito a agradecer à tua avó paterna), tão bom ver que estás diferente e que já não é preciso acompanhar as tuas tarefas passo a passo. Tão bom brincar contigo e dizer-te "isso era quando não eras uma menina despac

Gosto de ti.

Gosto de ti sem reticências(…). Gostar de ti é um facto, tão natural como respirar, tão evidente como acordar depois de uma noite de sono. Gosto de ti sem ponto de interrogação (?). Não há dúvidas no meu gostar. Gosto de ti hoje, assim como sei que vou gostar amanhã… e quando for velhinha. Gosto de ti ao meu lado e sem questões, sem porquês. Gosto da certeza que sinto no meu gostar de ti. Gosto de ti sem ponto de exclamação (!). Sem euforia. Felizmente temos os nossos (muitos) momentos de paixão, mas o meu gostar de ti é tranquilo, é o amor com que sempre sonhei, sem sobressaltos, sem dúvidas, sem incertezas. Certo como o nascer do sol depois de uma noite de luar. Gosto de ti mesmo quando parece que não gosto. Quando nos zangamos e discutimos, quando fico triste e irritada. Nunca em nenhum momento coloquei em questão que é de ti que gosto e que vou gostar sempre. Gosto de ti com ponto final(.). Como um facto, uma evidência, algo que simplesmente acontece… Nunca te esque

O tempo é mesmo relativo

Se as últimas 33 semanas passaram à velocidade da luz, os dias que faltam até à próxima ecografia (4ª feira) arrastam-se de tal forma que até os segundos se contam...  Até sempre, Cookie

Tu...

Começo agora a imaginar-te. A sonhar acordada com o dia em que te vou apertar nos meus braços. A tentar desenhar os teus traços nos traços comuns que tenho com o teu papá. Cabelo castanho clarinho, pele clara... Alto. Com caracóis, sem caracóis? A médica na última ecografia disse que já se via cabelo. Pergunto-me se serás daqueles bebés bem cabeludos. O pai diz logo: não tem a quem sair cabeludo. É verdade... mas podes também não ser especialmente parecido com nenhum de nós. Sinto-te aqui, sempre presente, sempre comigo. Nunca vais ser tão meu como agora... Mas a verdade é que ainda não te conheço. E por isso te imagino... Meu... E aproveito este mês e meio que falta para o teu nascimento... este tempo em que ainda és só meu... para te começar a partilhar com o mundo. Com os nossos... Meu filho... Comigo. Até sempre... para sempre! Amo-te... Mãe