Tu...

Começo agora a imaginar-te. A sonhar acordada com o dia em que te vou apertar nos meus braços. A tentar desenhar os teus traços nos traços comuns que tenho com o teu papá. Cabelo castanho clarinho, pele clara... Alto. Com caracóis, sem caracóis? A médica na última ecografia disse que já se via cabelo. Pergunto-me se serás daqueles bebés bem cabeludos. O pai diz logo: não tem a quem sair cabeludo. É verdade... mas podes também não ser especialmente parecido com nenhum de nós.
Sinto-te aqui, sempre presente, sempre comigo. Nunca vais ser tão meu como agora... Mas a verdade é que ainda não te conheço. E por isso te imagino... Meu...
E aproveito este mês e meio que falta para o teu nascimento... este tempo em que ainda és só meu... para te começar a partilhar com o mundo. Com os nossos...


Meu filho... Comigo. Até sempre... para sempre!
Amo-te...
Mãe

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