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Mostrando postagens de outubro, 2011

A queda de um mito... ;-)

A conversa parecia inofensiva. Começou por eu lhe contar que alguns colegas meus íam visitar a terra do Pai Natal, na Lapónia. Até estava muito bem encaminhada, com ela a descrever como imaginava que seria a casa dele, com todos os pormenores. Depois diz ela, muito chocada: "Sabes, mãe, eu tenho colegas meus que andam a dizer que o Pai Natal não existe. Dizem que são os pais que compram os presentes". E eu a pensar: "Ups… não estava a ver esta conversa a vir tão cedo.", lá lhe digo, tentando contornar a questão, mas sem contradizer ninguém: "Sabes filha, há coisas em que nós gostamos de acreditar. Tu gostas de acreditar no Pai Natal, não gostas?" E ela: "Eu gosto mãe." Fica pensativa e diz: "Mas é mesmo verdade?" Pergunto-lhe: "Tu queres continuar a acreditar ou queres saber a verdade?" Ela diz-me que prefere saber a verdade. Eu olho-a nos olhos e lá lhe explico: "O Pai Natal realmente não existe, filha. É a mãe que te co

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E a voar já passou meio ano... Que não é nada, ao lado da pessoa que faz o "para sempre" parecer pouco tempo... Amo-te, cada dia um bocadinho mais... Tua, M.

Ronda das avós...

Em 2 fins de semana seguidos conseguimos ir visitar as nossas 4 avós, limpando assim um importante assunto das nossas listas de pendentes, pelo menos por uns tempos. Sabe bem ter o dever cumprido para com as nossas matriarcas. E na verdade, com um pouco de organização, nem que seja criando uma rotina de "não deixar passar mais de um mês sem fazer uma visita", tudo se consegue, sobretudo porque até nem moram assim tão longe. Tinha saudades das minhas avózinhas, sentia que andava a falhar imenso sobretudo com uma delas. É sempre um prazer conviver com a avó materna do J., que pelo muito carinho mútuo também já sinto como minha. Foi muito bom conhecer a avó paterna dele, infelizmente com uma situação de saúde muito mais precária. Pode até nem dado conta que o neto lá esteve. Mas ele (nós) sabe(mos)… E isso já ajuda a aligeirar o peso nas nossas consciências. Até sempre, Cookie

Injeções de ânimo

Ontem pela primeira vez verbalizei aquilo que me vai na alma já há uns tempos. Efetivamente nos dias que correm passo 90% (acho que ainda deve ser mais, mas não quero exagerar) do meu tempo laboral às voltas com problemas, pessoas em dificuldades mas que não me compete a mim, e nem à instituição na qual exerço funções, ajudar, colegas pouco cooperantes, clientes que usam este local, de porta aberta ao público, para virem aqui descarregar as suas frustrações diárias. A expressão "areias na engrenagem" vai-se enraízando no nosso dia a dia. Tantas vezes pensava ou sentia isto… Ontem disse-o, e senti o peso psicológico de colocar em palavras aquilo que me vai na alma. Não há nada a fazer, estes tempos são mesmo propícios a estas coisas… Mais ou menos pela mesma altura a minha irmã enviou-me umas fotos que tiramos no fim de semana. Fiquei completamente encantada com duas delas, com a minha filha e o meu afilhado, abraçados e sorridentes. Resolvi imprimir uma dessas fotos, a que ac

Da vida...

Todos os dias me cruzo com pessoas com problemas… problemas financeiros, desemprego, problemas de saúde mais ou menos graves, mais ou menos incapacitantes, acidentes, corações partidos, problemas familiares. Todos os dias agradeço pelos últimos anos abençoados da minha vida. Não sendo perfeita, não me posso queixar de nada em especial, eu e os meus estamos bem, temos saúde, temos situações financeiras estáveis. A verdade é que tenho consciência de que um dia o infortúnio irá bater à minha porta. De uma ou de outra forma, é inevitável, e só quem nunca teve problemas sérios é que pode ainda viver a ilusão de pode viver sempre em tons de rosa. Eu já tive a minha conta… uma grande conta. E por isso estou preparada. E com isso aprendi… a dar todas as gargalhadas, a sentir todas as emoções, a viver com mais intensidade e a tentar não desperdiçar um minuto que seja da minha (boa) vida. Porque só tenho esta e não quero (nem posso) desperdiçá-la. Porque sei bem que de um momento para o outro a

Dicas para mim mesma #1

Cookie Maria, esta é para interiorizares já hoje, agorinha mesmo, antes do almoço. Não faz sentido queixares-te que te estás a transformar numa pequena baleia, para depois ganhares o hábito diário de comeres um chocolatinho junto com o café a seguir ao almoço. Não há balança que tenha empatia para com estas incongruências. Vamos lá a ganhar juizo, rapariga... Por mais que tenhas percebido que o aumento de peso foi consequência de medicação, não te podes refugiar nessa desculpa (até porque ela já acabou), para fazeres os teus disparates da gula dia após dia... Até sempre, Cookie

"A luz dos olhos meus"

Quero viver o meu amor com um brilhozinho nos olhos. É assim que eu o tenho vivido, nos últimos meses, que já somam mais do que um ano, com o calor de um sentimento tantas vezes renovado, em tantas ocasiões reforçado. O nosso amor é cultivado de parte a parte, em pequenos gestos, em pequenas atitudes, na vontade de melhorar, de limar algumas arestas. Ele demonstrou-me que eu estava errada, na minha convicção construida em anos de experiências, de que as pessoas nunca mudam. Por mim ele mudou em tanta coisa, com tanta facilidade… E ao mudar descobriu que há um caminho diferente, mais correto, mais sensato, mais tranquilo, para a felicidade. O brilho nos olhos dele mostra-me que o percurso que já fizemos, que já vai longo em intensidade, é o que nos leva a uma relação madura, serena e feliz. Mostra-me também que hoje, ele é uma pessoa muito mais feliz. Deixa o meu coração tranquilo. Se os olhos são o espelho da alma, é neles que se reflete o desamor. Foi através deles que refleti o meu n

Palavras

"Há palavras que nos ferem, como se fosse punhais..." E eu gostava de prometer (sobretudo a mim mesma) que nunca mais vou proferir alguma dessas palavras. E gostava de acreditar que nunca mais me vou voltar a magoar por palavras ouvidas, sobretudo vindas da boca de alguém que eu amo. Quem tem feitio "explosivo" (como eu) tem tendência a em momentos de discussão usar as palavras como arma de arremesso. Infelizmente não é possível apagar palavras ditas, nem a dor que elas provocam... Resta utilizar uma das mais admiráveis virtudes do ser humano. O dom de perdoar. A capacidade de relativizar... Por mais saudável que seja discutir quando há pontos de vista diferentes, é fundamental saber fazê-lo mantendo o máximo da razoabilidade possível e medindo sempre as palavras. Até sempre, Cookie