Em cinza e negro
Uma vez mais, revolto-me na viagem de regresso a casa. Aqui e ali, em tantos pontos que a certa altura parei de contar, manchas de fumo negro de incêndios destroem o verde da minha terra, que tanto amo. O céu pinta-se de negro e cinzento, enquanto o ar fica, em certos momentos, quase irrespirável. Tem sido assim desde que o tempo ficou quente, ano após ano... Revolto-me todos os dias, ao passar em locais que antes (alguns apenas há poucos dias) eram de verde floresta e que o fogo transformou em cinzento e castanho.
Pode ser a minha ingenuidade, que não conseguindo aceitar que tanto incêndio seja provocado por negligência ou causas naturais, se mantém sem perceber quais as obscuras razões que levam um ser humano a provocar um fogo. Que sentido faz queimarmos os nossos pulmões?
E ao chegar a casa, não consigo deixar de fotografar a verde vista que os meus olhos alcançam, tentando eternizar, quanto mais não seja nas minhas memórias, esta paisagem que já faz parte da minha vida.
Até sempre,
C&C
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Beijo