Não sei do que é...
... não sei se é deste espirito depressivo que paira por aí...
... se é de ter recebido hoje o ordenado e sentir uma revolta contida (que remédio) ao verificar o exorbitante valor da sobretaxa extraordinária que foi aplicada...
... não sei se é de lutar no dia-a-dia, como se cola tivessem, com os mesmos problemas... com as mesmas dificuldades...
... se é do cansaço de ser obrigada a lidar todos os dias com os mesmos defeitos nas mesmas pessoas...
... não sei se é de sentir no ar que muitas pessoas perderam a serenidade, complicam o que é simples... cometem erros de palmatória que dificultam o trabalho dos outros...
... mas parece-me que a minha mente se aliou à greve de hoje. O meu corpo veio trabalhar, o meu cérebro até fez a viagem toda até aqui... Mas entretanto desligou-se. Deve estar a tentar não pensar, abstrair-se de tudo o que é mau. E esquecer que daqui para a frente ainda vai piorar mais...
Até sempre, (e desculpem lá o desabafo)
Cookie
Comentários
Eu, que moro do outro lado do Atlântico - aqui é Brasil, aqui é o maravilhoso Rio de Janeiro -, e só tenho ouvido elogios globais a meu país, ainda assim, tenho me sentido muito preocupada com o mundo todo, pensando que o povo, afinal, sempre há de pagar a conta dos descaminhos capitalistas, seja aqui, seja na Europa. Sofro pelo povo, pelo que perde o emprego, pelo que vê seu salário suado diminuindo, pelo que vê a ameaça de morrer sem poder se aposentar. Porque o capitalismo quer extrair, mesmo morrendo de podre, a última gota do sangue do trabalhador. Resta-nos acreditar que essa imensa reviravolta servirá para configurar um novo mundo.
Um abraço forte e fraternal,
ElianE F.C.Lima (blogues Poema Vivo, Conto-gotas e Literatura em vida 2)