Mais sobre a R. e a escola
Ainda sobre o tema de ontem, acabei por me alongar muito e mais há para dizer…
O top das frases que mais ouço à R. nos últimos tempos:
- “Porque é que temos que ir trabalhar?” – difícil responder a esta, principalmente porque costuma ser a primeira frase do dia e eu ainda estou com os olhos meios fechados e a fazer a mesma pergunta a mim mesma;
- "Que dia é hoje?” – já lhe expliquei que ao Sábado e Domingo a mãe não trabalha e a escolinha está fechada;
- “Tu hoje vens-me buscar cedinho!” – normalmente já na escolinha, a chorar e a tentar agarrar-me para eu não ir embora.
Quanto a esta última frase, sou apologista de uma educação em que não se enganam as crianças. Contudo, admito que aligeirei este meu princípio, a partir do momento em que dizer “vou tentar” deixou de ser suficiente. Com o meu horário de trabalho, ir buscar a R. implicaria que ela estivesse no infantário desde que abre até que fecha (das 8h às 19h). Não quero isso para a minha filha, por isso tento sempre que alguém a vá buscar mais cedo. Ou seja, se não a vou buscar, é para o bem dela… Mas é difícil fazer entender isto a uma criança de 3 anos. Tenho tentado, mas nesta fase acabo sempre por recorrer à mentirinha sem consequência…
Além disso, no espaço de um mês, houve uma única noite em que dormiu sem interrupções… O que deixa a mamã estourada, e com o estado de espírito em rota descendente… Estou a precisar de férias outra vez…
Sei que é normal, expectável, e provavelmente até saudável… mas é desgastante… Principalmente porque o desgaste é praticamente só meu, já que o pai pouca intervenção tem… a não ser em alguns dias para a parte mais fácil e que eu adoraria poder fazer mais vezes, que é ir buscá-la.
Mas vamos andando, com a convicção que já ontem manifestei de que estamos no bom caminho…
Até sempre,
C&C
Comentários
1. "Hoje tenho que ir para a escola?"
2. "Não quero ir para a escolaaaaa..."
3. "Hoje quero que a mãe me vá buscar" (e lá vem a mentira piedosa "se a mãe puder, vai")...
Se para mim já é (muito) difícil, imagino para uma mãe solteira... devias reivindicar uma estátua :-)